domingo, 16 de agosto de 2009

JR

Não foste o primeiro que escolhi, o primeiro que beijei, o primeiro que abracei ao adormecer, nem o primeiro com quem acordei.

Não foste o primeiro que gostei, o primeiro por quem me apaixonei, o primeiro com quem sonhei ou desesperei. Nem o primeiro por quem chorei.

Não olharia para ti, se passasses por mim na rua, como não olharias para mim, de uma maneira mais usual como se olha para um estranho que passa por nós nas ruas onde andamos.

Os nossos olhares não se cruzariam, não teríamos um romance como nos livros, á primeira vista. Não. Passaríamos um pelo outro e seria só isso, uma mera passagem por alguém que está no mesmo sitio que nós, como se passa por um banco, por um jardim ou por uma casa.

Não seriamos um casal cliché, daqueles que os amigos querem juntar, apenas por acharem que nos daríamos bem. E tu sabes, não o somos.

Não seriamos os melhores amigos, não nos apaixonaríamos depois disso, porque ambos estimamos as amizades mais que os amores. Sem namorados vivemos, sem amigos não, não é?
O nosso amor não foi um acaso, foi algo que cada vez mais acredito que tinha de acontecer, as palavras simpáticas e ternurentas, os abraços raros e s beijos tímidos que trocávamos quando apenas amigos éramos.

Não. O nosso amor não foi um acaso. Não é do acaso que se fazem os grandes amores, nem pensar.

Foste o primeiro por quem senti a eternidade de um amor, o primeiro que pensei que nunca poderia acabar e o primeiro com quem tive a certeza que não aconteceria.

O primeiro que desejei nunca deixar de ver ao acordar, nem abraçar ao deitar.
Foste o primeiro que amei, como amam os crescidos, no verdadeiro sentido da palavra e o primeiro por quem chorei, sem me arrepender, porque o vales. Vales cada lágrima que caia, porque sei que se pudesses as evitarias uma a uma.

Foste, és, e sempre serás, com toda a minha força, o amor da minha vida, e é contigo que fui, sou e serei das pessoas mais felizes que possam existir.
Obrigada por cada gesto meu amor.

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