sábado, 19 de janeiro de 2008

Á minha maneira...

Sempre me disseram que, por vezes, há coisas que acontecem porque têm, simplesmente, de acontecer... outras alturas, me asseguraram, que somos nós que "traçamos" o nosso destino, que apenas nós temos o poder de o controlar.

Eu acredito nas duas coisas, e em nenhuma em concreto.

Eu acredito que quanto mais poder temos para "traçar" o nosso destino, controlar as nossas acções e realizar os nossos desejos, menos capazes somos de o fazer. Talvez porque sabemos que, se falhar-mos, não podemos responsabilizar mais ninguém senão nós próprios.

Acredito que as pessoas que aparecem na nossa vida apareçam com alguma razão de ser, mesmo aqueles que nos magoam, traem, abandonam e regressam para irem embora outra vez, até esses, podem ter alguma razão na nossa vida, ajudam-nos a crescer, tornar mais fortes, mais desconfiados também, mais selectivos... só temos de saber escolher a importância que lhes havemos de dar e tirar da experiência o melhor dela, nem que, á falta das experiências e lições de vida normalmente associadas aos momentos menos "cor-de-rosa",esteja esquecida, ou escondida dentro de uma caixa, dentro de outra, na ultima gaveta do lado menos utilizado do armário, a bela da pulseira oferecida numa ocasião especial, as molduras compradas em conjunto, que, acreditem, podem levar outra foto senão a que foi posta inicialmente e até, eventualmente, se pode aproveitar a "bola" em forma de coração anti-stress oferecida no dia a seguir a uma zanga, quem sabe como prevenção para uma situação futura.

Sou da opinião que ninguém aparece só por aparecer, ninguém desaparece só por desaparecer e que nos cabe a nós encarar a vida como isso mesmo, uma sala, em que a entrada e saída de pessoas é constante, poucas ficam permanentemente nessa salinha, mas são essas que nos importam e que se importam connosco. A porta nunca pode ser fechada, isso é o mais importante. Muitas das vezes temos de ser nós a abrir a porta, para convidar a entrar, ou convidar a sair.
Porque sim, muitas das vezes temos de abrir a portinha e dizer "Queira retirar-se, por favor!", nos casos mais educados, claro .

Por isso, relativamente á questão de sermos ou não, senhores da nossa vida, depende do ponto de vista, como em maior parte dos casos, nós podemos de facto controlar as nossas atitudes, pensar em cada acçao a tomar e ponderar as suas consequencias, podemos contruir um futuro magnifico, sim podemos, mas o destino, aquele que está traçado, acaba por acontecer; gosto de encarar a minha vida como uma sequencia de acontecimentos criados de certa forma pelas minhas decisoes e, o meu destino, é ter nascido eu e morrer como eu. Citando Alberto Caeiro:


"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há
nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha
morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus"

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

=/

"Somos feitos de carne, mas temos que viver como se fossemos feitos de ferro." [Sigmund Freud]

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Era uma vez...

O inicio...

Sempre pensei "Um dia faço um blog, escrevo tudo o que tenho para escrever e pronto!", das vezes que tentei, o meu dilema era sempre o mesmo " Como é que começo um blog se nem sequer tenho um nome decente para lhe por?" desta vez fui um pouco mais longe, talvez seja desta, talvez desta vez consiga manter este blog, talvez...

Cada vez mais me habituo ao talvez, á incerteza e ao incerto, ao passageiro e efémero, e deixo-me levar...

Desta vez é diferente...desta vez vou fazer para que dê certo, para que seja certo e eterno... ou pelo menos que demore o tempo suficiente para que se torne eterno, para que alguém mais se lembre da existencia sem ser eu apenas. Que as memórias não sejam apenas minhas, nem a saudade. Desta vez, vai ser diferente.

Outro dos meus problemas relativamente á criação do blog era " Se eu nunca consigo escrever nada, o blog fica sem efeito..." , agora parece que escrevo, nao escrevo poemas lindos, textos poeticos ou daqueles que deixam a lagrimazita ao canto do olho, escrevo o que devia dizer em voz alta e nao consigo, escrevo alguma coisa que nao me sai da cabeça e que nao consigo explicar, escrevo o que tiver de ser e o que me der pa escrever.

Escrevo mais que o que imaginava, como agora...

Devia-me apresentar... dizer do que gosto, como ocupo os meus tempos livres, se estudo ou nao, se faço mais alguma coisa da vida senao escrever no blog.
Sim faço, sou estudante e como maior parte das raparigas da minha idade tenho hobbies, series preferidas, musicas que mexem comigo, filmes que me fazem chorar e também que me fazem rir, tenho idolos e tenho amigos, de facto, os meus verdadeiros idolos, aqueles que sao os meus hobbies, as minhas musicas, os meus filmes, que me fazem rir, chorar, gritar, sussurar e acima de tudo me fazem viver, um dia a seguir ao outro, amar para sempre... mesmo que o sempre termine amanha. São eles, são tudo!

É a eles que eu devo a minha gratidão, os meus sorrisos, as minhas lagrimas, pois apenas eles as merecem.

Não há maneira melhor de acabar um texto que com um agradecimento, e por isso, obrigada!

aos mais antigos, aos novos, aos eternos e ao efémeros, a todos aqueles que deixaram a marca e me deram momentos dignos de recordar, seja com sorrisos ou com lagrimas!

"Não é o amor que comanda a vida, mas é sem dúvida o que torna a viagem interessante"