sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Sentimentos á deriva

As saudades não matam. Mas moem e muito.
Há quem diga que as saudades podem “salvar” uma relação ao mostrar o quanto sentimos a falta do outro, eu talvez concorde. Não que precise delas para saber que e o quanto amo quem devo amar, mas para mostrar que, de facto, não há mais lugar nenhum do mundo que se compare a qualquer sitio que possa estar contigo. As saudades são instantâneas, aparecem quando o meu olhar já não se cruza com o teu, ou quando deixo de sentir o teu abraço e estou apenas comigo… e abraços, esses, são de mim para mim, porque se eu os quiser, ninguém dará um igual ao teu, forte de saudade ou apenas os que dás quando eu peço, porque preciso, porque me sinto segura.
Sabes o que me faz mais forte? Saber que de dia para dia, o tempo que estou sem ti é menor, que já faltou mais para voltar para os teus braços para não mais sair e que cada vez mais é contigo que eu sou feliz. Não custa nada. Estar aqui, sem ti, sem os meus, isso custa. Não ter para onde me virar, sou eu aqui, sozinha e por minha conta e, sim, culpa.
Não devemos dar um passo maior que a perna e eu sinto que mandei um salto para o vazio, que me aventurei demais e responsabilizei-me mais do que devia.
Custa tanto estar sem ti.
Sabes o que me custa mais? Quando falo contigo ao telefone e dizes que tens saudades minhas, só me apetece fazer as malas e ir ter contigo, deixar tudo para trás e esconder-me contigo num abrigo, onde ninguém nos interrompa, ninguém nos afaste.
Mas iria ser um acto precipitado, provavelmente arrepender-me-ia, não e voltar para ti, mas de desistir duma coisa pela qual tanto esperava. E eu não gosto de desistir, tu sabes.
Já falta tão pouco meu amor… e estou tão feliz.
Vemo-nos em breve, e por enquanto ficas apenas com aquilo que nunca foi senão teu, o que eu sinto, o meu amor.